Título: O diário Roubado
Autora: Régine Deforges
Editora: BestBolso
Páginas: 137
Com
uma leve dose de erotismo, o leitor se vê espiando as travessuras, os
pensamentos e as coisas que tocam a alma de uma garota que gosta de outra
garota...!
Homossexualismo:
ainda não havia lido nada sobre o tema e foi muito interessante conhecer o
relacionamento amoroso entre pessoas do mesmo sexo, principalmente sobre como
estas convivem socialmente sob a redoma do preconceito. O fato é que o próprio
lançamento do livro sofreu com a discriminação: lançado pela editora da própria
autora, faliu após inúmeros processos por causa do tema abordado.
Narrado em primeira
pessoa, Léone nos fala sobre sua bissexualidade: a
parte homossexual a faz gostar de Mélie,
uma garota rica, de olhos azuis e única criatura no mundo que a compreende; já
a parte heterossexual se interessa por Jean-Claude, um garoto mais velho, rude e
arrogante, que não gosta da atração de Léone por mulheres.
A história
começa quando a protagonista entra de férias escolares. Com tempo de sobra Léone se dedica ao que mais gosta: ler,
passear com os amigos e escrever. Ela escrevia sobre seus desejos, suas
vontades, suas impressões sobre as pessoas da pequena cidade no interior da
França e, sim, sobre seu amor por Mélie.
Sempre escrevia sobre o que pensava - um verdadeiro mix entre a realidade e a
imaginação de uma garota de 15 anos.
A tormenta da
personagem tem inicio quando um dos seus cadernos é roubado por Alain, ressentido por levar um
fora de Léone e amigo de Jean-Claude. Ela se desespera
ao imaginar as consequências que poderá sofrer caso seus segredos sejam
revelados.
É uma história diferente, mas também igual a
muitas outras: fala de amor, ódio e preconceito. Nos permite conhecer a
perspectiva, em primeira pessoa de uma menina gay sobre seu amor, sobre como a
sociedade reage diante desta realidade. A autora nos apresenta uma narrativa
simples e confortável. Recheada de acontecimentos descritos em uma página
inteira ou uma conversa que perdure por um só capítulo.
É preciso
abrir a mente e conhecer o diferente sem julgar se está certo ou errado. Tudo é
muito relativo. Depende da percepção de cada um. Concordando ou não se faz
sempre necessário o respeito mútuo. Beijos e até o próximo post.
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