quarta-feira, 18 de março de 2015

Resenha: A Casa das Orquídeas

Ficha do livro

Título: A Casa das Orquídeas

Autor: Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito
Páginas: 560









          A leitura de “A casa das orquídeas” foi um desafio para mim. Não pelos seus 60 capítulos distribuídos em 560 páginas, mas pelo gênero: romance. Não sou totalmente indiferente às histórias de amor, o fato é que a maioria delas é surreal demais para o meu gosto. Por isso me propus o desafio, ler um romance.

            Esta resenha foi a mais difícil de escrever, principalmente pelo número de acontecimentos no decorrer da trama, inúmeras reviravoltas e passagens desnecessárias. O livro podia muito bem fechar em 300 páginas, no meu ponto de vista, existem muitas histórias paralelas que não acrescentam em nada o desenrolar da história.

            Bem pelo inicio desta resenha vocês podem perceber que não gostei do livro, mas fui até o fim porque me recuso a abandonar uma leitura e também porque apesar de descontente com a história a curiosidade em saber como termina a trama foi imensa. Minha insistência em ir até a última página do livro foi também uma segunda chance a autora, vai que ela me surpreenderia no final. Mas não foi este o caso, infelizmente.

            Independente de gostar ou não, o livro desempenhou muito bem seu principal objetivo: passatempo perfeito para uma tarde intensamente quente onde não havia ânimo de sair da frente do ventilador.

            A casa das orquídeas traz várias histórias que se cruzam ao longo de gerações de uma família aristocrática da Inglaterra com tudo que um romance tem direito: amor, traição, segredos, medos, lutas, perdas e ganhos. O comportamento de cada membro da família Crawford interferiu na vida de todos ao redor, membros diretos ou não. Uma ação tomada resultou em diversas situações adversas, e muitas pessoas podem sair magoadas…

            Júlia Forrester é uma renomada pianista internacional. Após uma terrível tragédia familiar, ela volta a Londres, cidade natal onde viveu sua infância. Alicia, sua irmã, preocupada com a situação desoladora de Júlia tenta de todas as maneiras tirá-la do seu casulo de tristeza. Em uma das tentativas conseguiu convencê-la a participar do leilão que aconteceria na propriedade Wharton Park.

          A mansão sempre trouxera boas lembranças à Júlia. Ela costumava passar as férias na propriedade Crawford, onde seus avôs viviam e trabalhavam há muitos anos. Bill, seu avô, era o jardineiro da família e cultivava tipos raros de orquídeas, por este motivo a estufa sempre foi o lugar mais agradável, onde Júlia passava a maior parte do tempo ouvindo as histórias de seu querido avô.

          No leilão ela reencontra Kit Crawford, um jovem simpático, educado e muito atraente, que conheceu quando criança. Agora se tornou herdeiro da propriedade e de suas inúmeras dívidas adquiridas no decorrer dos anos. Kit e Júlia deram início a uma doce amizade, capaz de fortalecer Júlia em sua busca de aplacar a dor.

          A propriedade Crawford precisava ser vendida urgentemente por cauda de suas pendências financeiras e para isso necessitava também reformar alguns ambientes. Durante a reforma, fora encontrado um diário que relatava memórias da Segunda Guerra mundial. Kit desconfia que o objeto pertença ao avô de Júlia, já que fora achado no antigo chalé onde viviam seus avôs. Para ter certeza de quem era o verdadeiro autor do diário, ela procura a avó Elsie. A avó relata à neta revelações surpreendentes que cercam o misterioso diário de guerra.

          E assim, somos transportados para 1939, onde conhecemos Olívia, uma jovem que vivia na Índia e que retornou à Inglaterra para ser apresentada a sociedade aristocrática. Já no primeiro baile, conheceu Harry e atração entre os dois foi mútua. Mas houvera alguns desencontros para finalmente se reencontrarem e se entregarem ao casamento.

          Como todos os casamentos que aconteciam na época o enlace de Olívia e Harry fora arranjado.  Em circunstâncias com esta são inevitáveis os sentimentos não correspondidos, as decepções amorosas. E não foi diferente entre eles, que tiveram um casamento marcado por situações conturbadas. Muitos são os segredos, guardados pela família Crawford e que acabaram afetando a vida de Júlia e Kit.

          Daí por diante, caros leitores, para descobrir as conexões entre as histórias só lendo “A casa das Orquídeas”. Como havia mencionado, cumpriu o papel de me entreter numa tarde quente em São Paulo, mas infelizmente o saldo não foi satisfatório.

          Antes do final do livro o enredo toma um curso inesperado. Na minha singela opinião, uma mudança brusca que não acrescentou em nada a trama, pelo contrário, causou perplexidade nesta leitora. A partir de então ficou difícil digerir as manobras da autora em amarrar as pontas soltas de todas as histórias. Os últimos acontecimentos ocorreram em tal velocidade que parecia que Lucinda Riley queria resolver tudo num piscar de olhos.

          Mas nem tudo estava perdido, o ponto alto do livro são as passagens em que a autora nos leva a Londres, Paris e Tailândia. Confesso que viajei na narração sobre as belezas de Bangkok e a simplicidade do seu povo. Sinceramente fiquei com vontade de voar para o país e me deliciar em suas maravilhas.

          A intenção desta resenha não é desanimá-los com relação à leitura de “A casa das Orquídeas”, até mesmo porque o gosto literário é relativo, vai de cada um. Mas não podia de registrar minhas impressões sobre o livro. Se o romance é um gênero que você goste, leia o Best-Seller de Lucinda Riley e deixe aqui nos comentários a sua impressão também.







4 comentários:

  1. Oi Andreia! Romance tb não é meu gênero preferido e já cansei de tentar ler livros assim e me decepcionar. Portanto agora estou correndo deles! hehe... Mesmo não gostando do estilo do livro, gostei muito da sua resenha, que foi super verdadeira e conseguiu passar a história, mesmo ela não tendo te agradado tanto assim.

    http://maisumapaginalivros.blogspot.com.br/
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    1. Olá Michelly
      Acabei lendo este romance por que estava sem nada para ler...! Mas não vou mais insistir em romances...chega!

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  2. Li esse livro e adorei, porém compartilho a mesma opinião que a sua: ele poderia muito bem ter umas 300 páginas. Há muita coisa "desnecessária" durante a leitura mesmo..
    Beijos,
    Renata.
    viciadas-em-livros.blogspot.com.br

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  3. Andreia romance é o meu gênero preferido e acho que iria gostar deste livro pois já li um livro desta autora (ela sempre intercala romances em tempos diferentes) e gostei bastante. Já tive com este aqui em casa bom um bom tempo, mas não consegui tempo para lê-lo, então acabei colocando para sorteio no blog.
    Abraços,
    Gisela
    @lerparadivertir
    Ler para Divertir

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