Título: A Casa das Orquídeas
Autor: Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito
Páginas: 560
A leitura de “A casa das orquídeas” foi um desafio
para mim. Não pelos seus 60 capítulos distribuídos em 560 páginas, mas pelo
gênero: romance. Não sou totalmente indiferente às histórias de amor, o fato é
que a maioria delas é surreal demais para o meu gosto. Por isso me propus o
desafio, ler um romance.
Esta
resenha foi a mais difícil de escrever, principalmente pelo número de
acontecimentos no decorrer da trama, inúmeras reviravoltas e passagens
desnecessárias. O livro podia muito bem fechar em 300 páginas, no meu ponto de
vista, existem muitas histórias paralelas que não acrescentam em nada o
desenrolar da história.
Bem
pelo inicio desta resenha vocês podem perceber que não gostei do livro, mas fui
até o fim porque me recuso a abandonar uma leitura e também porque apesar de
descontente com a história a curiosidade em saber como termina a trama foi
imensa. Minha insistência em ir até a última página do livro foi também uma
segunda chance a autora, vai que ela me surpreenderia no final. Mas não foi
este o caso, infelizmente.
Independente
de gostar ou não, o livro desempenhou muito bem seu principal objetivo:
passatempo perfeito para uma tarde intensamente quente onde não havia ânimo de
sair da frente do ventilador.
A
casa das orquídeas traz várias histórias que se cruzam ao longo de gerações de
uma família aristocrática da Inglaterra com tudo que um romance tem direito:
amor, traição, segredos, medos, lutas, perdas e ganhos. O comportamento de cada membro da família Crawford
interferiu na vida de todos ao redor, membros diretos ou não. Uma ação tomada
resultou em diversas situações adversas, e muitas pessoas podem sair magoadas…
Júlia Forrester
é uma renomada pianista internacional. Após uma terrível tragédia familiar, ela
volta a Londres, cidade natal onde viveu sua infância. Alicia, sua irmã,
preocupada com a situação desoladora de Júlia tenta de todas as maneiras
tirá-la do seu casulo de tristeza. Em uma das tentativas conseguiu convencê-la
a participar do leilão que aconteceria na propriedade Wharton Park.
A mansão sempre trouxera boas lembranças à Júlia.
Ela costumava passar as férias na propriedade Crawford, onde seus avôs
viviam e trabalhavam há muitos anos. Bill, seu avô, era o jardineiro da
família e cultivava tipos raros de orquídeas, por este motivo a estufa sempre
foi o lugar mais agradável, onde Júlia passava a maior parte do tempo
ouvindo as histórias de seu querido avô.
No leilão ela reencontra Kit Crawford, um
jovem simpático, educado e muito atraente, que conheceu quando criança. Agora
se tornou herdeiro da propriedade e de suas inúmeras dívidas adquiridas no
decorrer dos anos. Kit e Júlia deram início a uma doce amizade,
capaz de fortalecer Júlia em sua busca de aplacar a dor.
A propriedade Crawford precisava ser vendida
urgentemente por cauda de suas pendências financeiras e para isso necessitava
também reformar alguns ambientes. Durante a reforma, fora encontrado um diário
que relatava memórias da Segunda Guerra mundial. Kit desconfia que o objeto
pertença ao avô de Júlia, já que fora achado no antigo chalé onde viviam
seus avôs. Para ter certeza de quem era o verdadeiro autor do diário, ela
procura a avó Elsie. A avó relata à neta revelações surpreendentes que
cercam o misterioso diário de guerra.
E assim, somos
transportados para 1939, onde conhecemos Olívia, uma jovem que vivia na
Índia e que retornou à Inglaterra para ser apresentada a sociedade
aristocrática. Já no primeiro baile, conheceu Harry e atração entre os
dois foi mútua. Mas houvera alguns desencontros para finalmente se
reencontrarem e se entregarem ao casamento.
Como todos os
casamentos que aconteciam na época o enlace de Olívia e Harry
fora arranjado. Em circunstâncias com
esta são inevitáveis os sentimentos não correspondidos, as decepções amorosas.
E não foi diferente entre eles, que tiveram um casamento marcado por situações
conturbadas. Muitos são os segredos, guardados pela família Crawford
e que acabaram afetando a vida de Júlia e Kit.
Daí por diante, caros leitores, para descobrir as conexões entre as
histórias só lendo “A casa das Orquídeas”. Como havia mencionado, cumpriu o
papel de me entreter numa tarde quente em São Paulo, mas infelizmente o saldo
não foi satisfatório.
Antes do final do livro o enredo toma um curso inesperado. Na minha
singela opinião, uma mudança brusca que não acrescentou em nada a trama, pelo
contrário, causou perplexidade nesta leitora. A partir de então ficou difícil
digerir as manobras da autora em amarrar as pontas soltas de todas as histórias.
Os últimos acontecimentos ocorreram em tal velocidade que parecia que Lucinda
Riley queria resolver tudo num piscar de olhos.
Mas nem tudo estava perdido, o ponto alto do livro
são as passagens em que a autora nos leva a Londres, Paris e Tailândia. Confesso
que viajei na narração sobre as belezas de Bangkok e a simplicidade do seu
povo. Sinceramente fiquei com vontade de voar para o país e me deliciar em suas
maravilhas.
A intenção desta resenha não é desanimá-los com
relação à leitura de “A casa das Orquídeas”, até mesmo porque o gosto literário
é relativo, vai de cada um. Mas não podia de registrar minhas impressões sobre
o livro. Se o romance é um gênero que você goste, leia o Best-Seller de Lucinda
Riley e deixe aqui nos comentários a sua impressão também.
Beijos e até o próximo post!
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Oi Andreia! Romance tb não é meu gênero preferido e já cansei de tentar ler livros assim e me decepcionar. Portanto agora estou correndo deles! hehe... Mesmo não gostando do estilo do livro, gostei muito da sua resenha, que foi super verdadeira e conseguiu passar a história, mesmo ela não tendo te agradado tanto assim.
ResponderExcluirhttp://maisumapaginalivros.blogspot.com.br/
Mais Uma Página
Olá Michelly
ExcluirAcabei lendo este romance por que estava sem nada para ler...! Mas não vou mais insistir em romances...chega!
Li esse livro e adorei, porém compartilho a mesma opinião que a sua: ele poderia muito bem ter umas 300 páginas. Há muita coisa "desnecessária" durante a leitura mesmo..
ResponderExcluirBeijos,
Renata.
viciadas-em-livros.blogspot.com.br
Andreia romance é o meu gênero preferido e acho que iria gostar deste livro pois já li um livro desta autora (ela sempre intercala romances em tempos diferentes) e gostei bastante. Já tive com este aqui em casa bom um bom tempo, mas não consegui tempo para lê-lo, então acabei colocando para sorteio no blog.
ResponderExcluirAbraços,
Gisela
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