Ficha do livro
Título: O Carrasco que era santo
Autor: Josué Montello
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 100
Foi assim
que o autor imaginou a tia
Bilu: baixinha, de olhos muito vivos, voz suave e bem vestida. Uma boa
senhora com o gosto de entreter os sobrinhos com histórias infantis. Num belo
dia, em que tanto se falava de pena de morte como remédio contra a violência do
mundo, tia Bilu lembrou-se de Frei Ludgero o santo que se tornou carrasco. A
partir dai a história se desenrola e a encantadora Bilu embeleza o enredo, que a princípio nos
parece uma trágica ficção infanto juvenil, mas na verdade nos emociona, diverte
e nos faz refletir sobre nossa fé.
Uma leitura
simples, voltada ao público jovem, mas que encanta igualmente aos adultos pela
criatividade, imaginação e personagens impressionantes. O autor costura os
fatos de maneira graciosa e lúdica.
Frei Ludgero foi abandonado num convento e lá viveu até os
catorze anos. Nesta época conheceu o circo e se encantou com o que viu. Então
quando o circo partiu Ludgero partiu com ele. O santo permaneceu no circo por dez anos e lá
aprendeu de tudo, tanto que substituía qualquer um dos artistas: trapezista,
mágico e até mesmo o palhaço.
Porém o chamado divino nunca se calou em seu
coração e então, mais uma vez ele partiu, desta vez do circo. O frei seguia pela estrada, caminhando sem
destino, eis que entra em cena o personagem mais encantador do livro, Miudinho um cachorrinho preto muito vivo e
inteligente que o ”fez voltar ao caminho de Deus”, disso Ludgero não tinha dúvida.
Mas
então o carrasco do reino, onde vivia o Santo, morreu. Segundo as ordenações do
reino, o filho do carrasco assumiria o cargo, porém o filho mais velho do
carrasco ainda era um garoto. Neste caso, ainda segundo as ordenações, na
impossibilidade para a designação do novo carrasco, as funções passarão a ser
exercidas pelo capelão da cadeia: Frei
Ludgero!
Surpresas agradáveis, personagens encantadores,
fatos, mistérios intrigas e muito mais é o que vocês irão encontrar nesta
leitura deliciosa. Uma história que nos faz viver outras emoções e
experiências, além de dar mais vida ao mundo ao nosso redor.
“Esta tia Bilu...
Baixinha, de olhinhos muito vivos, voz suave, sempre bem vestida, e ainda
bonita, foi ela quem me contou, quando eu era menino, as mais belas histórias
que me ficaram na lembrança.
Houve um dia – não posso precisar a data, mas presumo que eu andava pelos
oitos, nove anos – em que meu gosto de contar histórias como que se aprimorou
ainda mais.
Pegou-me pela mão, levou-me para um canto da varanda, na hora suave do cair da
tarde, assim que acabei de preparar meus deveres escolares para as aulas do dia
seguinte. Fez-me sentar ao seu lado, no gostoso balanço entre
samambaias-choronas, e preveniu-me:
- Não te espantes com o que vou te contar. Hoje, vais ouvir a história do
carrasco que era santo. Fala-se tanto em pena de morte, que me lembrei de te
falar de Frei Ludgero.
Dei um pulo no balanço, como se uma mola, dentro de mim, me atirasse para cima,
e de pé, em frente de tia Bilu, perguntei-lhe, ainda com os olhos aumentados
pelo espanto:
- E o carrasco era um frade?
Tia Bilu confirmou com a cabeça, sempre de carinha contente.
E acrescentou:
- Sim, sim. Isso mesmo.
E eu ainda desconfiado, como se tia Bilu, pela primeira vez na vida, estivesse
a me dizer um disparate:
- Um frade que matava os condenados, na praça pública, diante do povo? –
indaguei, com um resto de dúvida.
Ela riu alto, com aquele risinho bom que lhe cavava duas covinhas nas bochechas
bem cuidadas, e confirmou:
- Isso mesmo.”
Oi Andreia!
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar desse livro, mas logo de cara me encantei pela capa! Depois, lendo sua resenha, imagino que seja um livro bem gostosinho de ler e me interessei bastante. Já vou colocar na lista de possíveis futuras leituras de 2015! hehe
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Olá Michelly,
ExcluirÉ isso ai: leitura agradável, super fininho dá para ler numa tarde ensolarada no parque!
Beijos